A ampliação do cemitério em Tavzzano com Vilavesco experimentou uma nova relação entre a cidade dos vivos e o lugar dos mortos, criando um vínculo inovador e interessante entre a paisagem e a arquitetura funerária. O projeto é construído ativamente no ambiente de um parque-cemitério, onde todos os exageros individuais, no geral relacionados aos modelos tradicionais da América, são substituídos por uma ampla, suave e, de alguma maneira “doméstica”, monumentalidade.
Como uma alternativa ao tradicional cemitério urbano denso, a proposta baseia-se em um espaço verde intenso, um lugar de escassez, uma espécie de jardim precioso onde as espécies de plantas oferecem cores e odores durante o ano. Neste sentido, o projeto desenvolve uma imagem pouco convencional de cemitério, um espaço luminoso, claro, suave e fluído.
Um muro de três metros de altura feito de tijolos à vista recebe um padrão que cita a linguagem pura e essencial das construções rurais Lodi, e leva ao limite uma transparência incomum. O muro, como um encaixe, é atravessado pela luz e pela brisa: olho do visitante é livre para cruzar a fronteira, para perder-se na imensidão dos campos e saborear a beleza do horizonte.
Somente duas aberturas são dispostas ao longo dos muros perimetrais. O acesso à sala de oração é marcado por um portal de metal, como espécie de passagem simbólica. Os pequenos edifícios independentes abrem suas janelas diretamente ao céu, olhando para o leste, capturando o sol suave da manhã e dando forma a um espaço cheio de luz, vibrante e intensamente emocional.
A colocação dos edifícios e a interação dos corpos arquitetônicos coma a porosa fronteira definem uma variedade de interessantes espaços no meio, fechados e íntimo onde os visitantes podem optar por aprofundar sua meditação ou simplesmente relaxar. O tapete verde, onde os delgados ciprestes são plantados em massas densas, desenhando ‘capelas verdes’, é dividido em cinco jardins de cores, cada um deles caracterizado pela cor das árvores e arbustos que vivem ali. Do oeste, o celeste, o branco, o rosa, o vermelho e o amarelo do jardim são colocados juntos em uma fascinante série de micro paisagens.
Os caminhos que se bifurcam a partir das duas entradas existentes são protegidos por uma cobertura continua desenhada para produzir um impacto visual mínimo. A cobertura, completamente independente dos corpos arquitetônicos dos edifícios, deriva-se destes em um extremo rigor e na simplicidade da composição. O resultado é um sistema composto por finos elementos verticais, que desenham um caminho contínuo coberto para receber as processões fúnebres.